sexta-feira, 16 de outubro de 2009


Rastapé - HEROÍNA


A droga que me domina

Não é a droga que se vende na esquina

A verdadeira droga de quem sonha

Não é maconha não é cocaína

O que entorpede, o que alucina

É a verdadeira droga de amorfina

O que me entorpede, enlouque, me domina

É o brilho contido nos olhos da dançarina

Minha heroína, minha heroínaSó sentir teu cheiro já me desatina

Minha heroína, minha heroína

Estou alucinado por uma menina

Minha heroína, minha heroínaSó sentir teu cheiro já me desatina

Minha heroína, minha heroínaO meu baseado é o amor dessa menina

Você é meu êxtase, meu amor próprio

Fina flor do ópio, rara seduçãoMeu êxtase, meu amor próprio

Fina flor do ópio, alucinaçãoSou dependente e eu ainda acho pouco

Estou ficando louco, venha me prender

No teu abraço está minha cura

O fim da minha loucura começa em você

Minha heroína, minha heroína

Só sentir teu cheiro já me desatina

Minha heroína, minha heroína

Estou alucinado por uma menina

Minha heroína, minha heroína

Só sentir teu cheiro já me desatina

Minha heroína, minha heroína

O meu baseado é o amor dessa menina

sábado, 10 de outubro de 2009

Sistema de saúde britânico vai distribuir heroína


Governo quer baixar números de dependência e infecção pelo HIV


A heroína está prestes a ser disponibilizada no Sistema Nacional de Saúde da Grã-Bretanha para quem necessitar da droga, como parte de uma nova estratégia do governo para combater o uso de narcóticos.


Cerca de 400 consumidores de heroína já conseguem a droga pelo sistema, através de receita médica. Mas a disponibilidade da droga ainda é precária em todo o país.


A nova estratégia, que tem vindo a ser alvo de uma série de críticas, visa o tratamento de consumidores de drogas pesadas como heroína e crack, cujo consumo tem vindo a crescer no país.


Para que o vício em drogas pesadas possa ser combatido, o paciente precisa reduzir gradualmente o seu consumo, caso contrário pode morrer.


Os utilizadores de heroína irão receber a droga num local seguro, sob supervisão médica e são-lhes disponibilizadas apenas as seringas e agulhas descartáveis.


Com esta estratégia, o Governo pretende reduzir o consumo dessas drogas e também diminuir a transmissão de doenças como hepatite e AIDS entre os utilizadores de drogas pesadas.


Enquanto a heroína e o crack são drogas classificadas na Grã-Bretanha como classe A, a mais perigosa, a maconha caiu da classe B para a C.


Segundo o governo, 99% dos custos com tratamentos de drogas vêm de drogas classe A - daí a intenção do governo em focalizar os seus programas no combate ao uso dessas drogas. Mais de 1 bilhão de libras esterlinas (R$ 5,7 bilhões) vão ser investidos nesses projetos até 2010.


O governo britânico também deu a autorização para estudos médicos sobre o uso de cannabis, desde que os especialistas obtenham licenças especiais para isso.


“Nós sabemos que a maconha é perigosa, mas ela não leva à desintegração completa da vida das pessoas como o crack, a heroína e o ecstasy”, explicou o ministro da Justiça David Blunkett.


A nova estratégia, no entanto, tende a provocar diversas críticas. “Blunkett prega uma mensagem de que o consumo da cannabis não é assim tão mau”, disse Keith Hellawell, ex-coordenador do programa de drogas do governo britânico. A mudança de classe da maconha continua a torná-la uma droga ilegal, mas as penas para o consumidor foram amenizadas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Papoula sem Morfina?


Cientistas australianos descobriram como funciona o mecanismo de uma espécie de papoula que impede a produção da morfina. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de drogas mais eficazes. A papoula é a fonte da codeína, da morfina e de outros analgésicos, além do ópio e da heroína. Mas uma espécie mutante conhecida como Top 1 não produz nem morfina nem codeína. Num trabalho publicado na revista Nature, investigadores da Organização da Comunidade da Pesquisa Científica e Industrial (CSIRO) da Austrália descrevem como a planta produz precursores desses narcóticos, que foram transformados em novos analgésicos sintéticos. “Estamos a usar o conhecimento para produzir outras alterações nas papoulas para servir melhor as necessidades farmaceuticas humanas”, disse Philip Larkin, da CSIRO. A nova variação, segundo os cientistas, pode produzir, em grandes quantidades, outras substâncias, como a tebaína e a oripavina (em vez da morfina e da codeína). Esses dois alcalóides são pontos de partida importantes para a produção de uma nova geração de analgésicos poderosos. Os alcalóides são compostos orgânicos retirados de plantas e usados como fármacos. Os medicamentos produzidos com a planta incluem a buprenorfina e a oxicodona, que são mais seguros e mais bem tolerados que a morfina e a codeína. “A buprenorfina e outros derivados da tebaína e da oripavina como a naltrexona estão a mostrar-se muito importantes no tratamento da dependência dos opiáceos”, acrescentou Larkin. A papoula que não produz morfina foi descoberta em 1995, na Tasmânia, estado australiano onde é feito 40% do cultivo legal de opiáceos do mundo. A primeira colheita comercial desse tipo de papoula data de 1997, e hoje ela é responsável por cerca de 40% da cultura de papoila da Tasmânia. Larkin e sua equipe estudaram a configuração genética da planta mutante e identificaram as diferenças em relação à papoula comum. E descobriram que a planta que sofreu a mutação bloqueia o processo bioquímico - que normalmente levaria à produção da morfina e da codeína -, o que leva à acumulação de tebaína e oripavina. Também descobriram o mecanismo que bloqueia o processo bioquímico que produz morfina e codeína. “Esse é um bom exemplo da genética agrícola trabalhando em conjunto com o planejamento de drogas, que culminam com novos medicamentos, mas também com o desenvolvimento de novas plantas para fazer a parte mais difícil da química”, disse Larkin. “Os farmacêuticos com base em plantas são muito importantes, e cada vez mais a genética nos vai permitir desenvolver plantas para produzir de modo sustentável e com eficiência fármacos de nova geração”, afirmou o investigador.

domingo, 4 de outubro de 2009

Suíça aprova uso de heroína para tratar viciados

Os eleitores suíços aprovaram por ampla maioria neste sábado o uso da heroína no tratamento de pessoas viciadas na droga.

De acordo com os resultados finais de um referendo realizado no país neste domingo, 68% apóiam uma mudança na política de saúde pública do governo que prevê a adoção de um tratamento que receitaria a heroína para os dependentes químicos.

O tratamento já vem sendo utilizado há 14 anos como parte de um projeto-piloto em Zurique.

Com o resultado do referendo, o novo método deve ser incorporado oficialmente às políticas de saúde do governo.

A Suíça será o primeiro país a adotar o tratamento como parte de suas políticas públicas.

Os opositores da proposta afirmam que receitar heroína para os viciados pode influenciar os jovens, além de prejudicar os próprios dependentes químicos.

Autoridades que defendem a proposta afirmam que diminuiu o número de crimes cometidos por viciados em heroína desde o início do programa piloto.

No mesmo referendo, os suíços rejeitaram a descriminalização do uso da maconha.